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Mulheres ganham espaço no setor de segurança privada

10 Mai


A imagem de seis guarda-costas femininas no cortejo de posse da presidente Dilma Rousseff fez crescer a procura pelos cursos de segurança pessoal. "Desde janeiro, um número ainda maior de mulheres passou a frequentar os cursos de formação", diz o consultor Clayton Magno.

Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp), a procura de mulheres pelos cursos de capacitação aumentou 40% nas academias paulistanas nos últimos cinco anos. Elas já representam 15% dos inscritos.

"Mulher protegendo mulher é tendência", afirma José Jacobson Neto, diretor do Sesvesp.

De olho nesse nicho, Silvana Barbosa, 37, fez sua matrícula em um curso de formação de vigilante há três anos. "Eu me identifiquei com a profissão."

Silvana abandonou a faculdade de ciências contábeis e o escritório onde ganhava R$ 1.800 por mês. Não se arrependeu da troca. Há dois anos, é contratada da GP Segurança e faz escolta para mulheres e filhas de industriais e usineiros. Chega a tirar R$ 8 mil por mês.

24 HORAS
No papel de anjos da guarda, elas estão na cola das protegidas 24 horas. A proteção chega ao extremo de a agente ser matriculada na faculdade da filha do cliente para escoltá-la na aula.

Elas são as preferidas também daqueles que não querem que a intimidade de suas famílias seja invadida pela clássica figura do segurança fortão e cheio de marra. "Quando optam por homens para fazer a proteção das mulheres da casa, muitos clientes pedem que o profissional seja evangélico e casado", diz Kaiser Santos, da ZCpos.

O guarda-costas bonitão é escalado para executivas solteiras, por exemplo. "Algumas pedem um cara boa pinta para exibir para as amigas", conta Ubiratã Fernandes, da Angels.

Nos últimos cinco anos, o empresário viu uns quatro agentes trocarem a função de segurança pela de patrão, ao se envolverem emocionalmente com as clientes. "Mas são exceções", garante.

O perigo do convívio diário é o guarda-costas achar que já faz parte da família. "Se o profissional vira amigo ou assessor, deixa de ser segurança", critica Magno. "Por isso, o ideal é trocar a equipe de escolta a cada dois anos."

No dia a dia também são exigidas qualidades como paciência e discrição.

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