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Integrantes do Conselho de Ética defendem apuração do caso Jaqueline Roriz

17 Mar


BRASÍLIA - Os novos integrantes do Conselho de Ética da Câmara, que tomaram posse nesta quarta-feira, defenderam a apuração das denúncias contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), independentemente de o crime alegado ter ocorrido antes de ela assumir o atual mandato. Nos últimos anos, a atuação do conselho tem sido pífia e muitos conselheiros admitiram publicamente a dificuldade de punir os próprios companheiros. "

"A legislatura é nova, a Casa mudou, acho que teremos fôlego novo", afirmou o presidente.

Um dos casos mais rumorosos da legislatura passada foi o do ex-deputado Edmar Moreira, que usou irregularmente a verba indenizatória para pagar serviços de segurança de suas empresas, mas escapou da cassação.

Assim que o conselho foi instalado e o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA) foi eleito presidente, o PSOL entrou com o pedido de cassação do mandato de Jaqueline, por quebra de decoro parlamentar. Ela foi flagrada em vídeo recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa , operador do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal.

Araújo ainda não escolheu o relator do caso Jaqueline, a quem caberá se manifestar sobre o fato de as denúncias serem anteriores ao mandato dela como federal. Muitos conselheiros rechaçaram nesta quarta-feira a tese de que o conselho não pode investigar fatos pretéritos.

"Ética não caduca" afirmou o novato Assis Carvalho (PT-PI).

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) sugeriu que o conselho convoque Durval Barbosa para depor. Araújo avisou ao novato que, infelizmente, o órgão não tem poder de convocação, apenas de convidar as testemunhas. A representação do PSOL é focada na denúncia de caixa 2.

"Esperamos que o conselho seja célere e que não haja protelação, pois isso desmoralizaria o representado e o próprio conselho" ,afirmou o o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).

O corregedor da Casa, Eduardo da Fonte (PP-PE), disse que tentaria notificá-la ainda nesta quarta-feira da abertura de sindicância e que, depois de três tentativas, irá recorrer ao Diário Oficial. O presidente do conselho de ética adotará o mesmo procedimento.

- Não vamos aceitar manobras protelatórias e, se preciso, notificarei pelo D.O. - avisou Araújo.

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