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PF aperta o cerco contra empresas de segurança no Paraná

14 Mar


A Delegacia da Polícia Federal de Ponta Grossa promete fechar o cerco contra as empresas de segurança que atuam ilegalmente na cidade e região. De acordo com o delegado Jonathan Trevisan Junior, pelo menos seis firmas bastante conhecidas no município são irregulares. Nos próximos dias, as fiscalizações sobre essa atividade serão intensificadas.

Segundo a autoridade, algumas dessas empresas clandestinas até ostentam em sua razão social a atuação como de segurança privada e são contratadas principalmente por clubes. Ele revela que, durante o Carnaval, dois casos desse tipo foram verificados.

Dias antes do feriadão, a PF participou de uma megaoperação conjunta com outros órgãos públicos de segurança e fiscalização e flagrou cinco situações semelhantes. Uma delas foi no ponto comercial conhecido como ‘Paraguaizinho’, na área central de Ponta Grossa. Um homem fazia a segurança do local, usando uniforme e tonfa (cassetete), sem estar habilitado para tal atividade. A empresa teve de pagar uma multa e está respondendo a um procedimento na Polícia Federal.

Outra situação que ocorre muito em Ponta Grossa, destaca Jonathan, é a prática de “mascarar” a ilegalidade. “Isso acontece em vários lugares. Por exemplo, em mercados, quando se contratam fiscais de loja; em shows e portarias de prédios e condomínios. Quando passam a revistar e circular no entorno, é trabalho de vigilante”, diz.

Empresas de alarme monitorado também costumam realizar serviços de segurança privada sem autorização. “Se o alarme dispara, a empresa precisa acionar a Polícia Militar. A partir do momento em que recebe o sinal sonoro e desloca um motociclista para verificar, cai na ilegalidade”, explica Jonathan.

“O que a gente percebe é que por muito tempo essas empresas não foram fiscalizadas e acabaram se proliferando. Agora que conseguimos aumentar um pouco mais o efetivo da delegacia, podemos atuar mais nesse sentido”, explica Jonathan. O agente da PF Moreto é quem ficará responsável por esse trabalho. “E as operações não serão esporádicas, mas constantes. Faremos uma reação pesada contra a atividade irregular”, afirma o delegado, lembrando que policiais (militares, civis ou mesmo federais) que façam esse tipo de serviço também podem ser punidos. “Eles têm dedicação exclusiva para trabalhar pelo Estado. Se forem pegos, serão imediatamente encaminhados ao chefe da corporação e correm o risco de ser exonerados”.

Parceria
Jonathan ressalta que a medida não pretende impedir o trabalho das empresas de segurança, mas visa à regularização do serviço. Segundo ele, o poder público reconhece que não tem como fazer a segurança de tudo e todos e, por isso, autoriza que esse serviço seja realizado também por empresas privadas. “Mas, até que haja essa regularização, é melhor que a empresa se abstenha da atividade, porque se for pega na ilegalidade não receberá mais a autorização”, alerta.

Além disso, o delegado garante que as empresas regularizadas também serão fiscalizadas com mais frequência.

Contratante assume o risco

O delegado da PF, Jonathan Trevisan Junior, explica que a pessoa que contrata empresas de segurança privada ou de alarme precisa observar o tipo de serviço ofertado e confirmar se são legalizadas. Caso contrate uma empresa irregular, o contratante corre o risco de responder a processos civil e criminal, pois assume um risco. O primeiro passo é verificar se a empresa está registrada na Polícia Federal. Essa consulta pode ser feita no próprio site da PF (www.dpf.gov.br).

A atividade de vigilante é arriscada, por isso há tanta preocupação em torno dela. “É um serviço delicado, que depende de formação adequada. Os vigilantes fazem um curso e ainda tem de passar por reciclagens a cada dois anos, para verificar a habilidade com a arma e a parte psicológica. Imagine contratar alguém sem preparo. É um perigo”, explica Jonathan.

Além disso, não são todos os seguranças que podem portar arma. Para isso, também é necessária uma formação especial.


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