A bomba caseira instalada em frente a uma creche em Pontes e Lacerda (448 km a Oeste da Capital) e programada para explodir no momento em que crianças estivessem no local, pode ser uma ação de retaliação contra a atividade de policiais na região. O artefato gerou pânico na população e contou com o trabalho de policiais da Força Nacional, que foram responsáveis pelo desativamento da bomba. Ao todo, 450 alunos estudam nos 2 turnos do Centro Educacional Infantil Oriel Mendes Lucas, que fica no centro da cidade.

O comandante da Força Nacional em Mato Grosso, o comandante, Petercley, conta que a equipe passava em ronda de rotina na cidade, quando uma senhora comentou da atitude estranha de um rapaz. "Ela disse que ele havia colocado um pacote na calçada e fomos verificar e constatamos o artefato." A bomba havia sido jogada dentro da lixeira pelo vigilante do estabelecimento, que não tinha desconfiado. "Por sorte tínhamos um policial com curso antibomba na Colômbia e ele desativou a bomba, que poderia alcançar de 20 a 30 metros".

As aulas foram suspensas e os pais das crianças ficaram apreensivos com a possibilidade de uma explosão. A diretora da creche solicitou uma vistoria no período vespertino à Força Nacional para garantir aos pais que não havia mais perigo. O delegado de Polícia Civil de Pontes e Lacerda, José Emílio Gadioli, diz que a bomba foi encaminha à Politec de Cáceres para passar por perícia e o laudo ajudará na investigação. "Nós não identificamos a senhora que fez a denúncia e nem o autor desta ação. Só sabemos que o artefato tinha todas as situação para causar uma explosão." O delegado diz que ações de combate ao tráfico de drogas tem sido frequentes e não descarta uma ação de retaliação.

A Força Nacional em conjunto com a Polícia Federal (PF) está em Pontes e Lacerda desde julho do ano passado, trabalhando na Operação Sentinela, que tem como objetivo o combate ao tráfico internacional de drogas e armas, contrabando e descaminho na fronteira.