A técnica é conhecida como “oxigenação por membrana extracorpórea”, considerada a mais avançada para recuperação de pacientes com complicação cardíaca ou respiratória grave. Para os médicos, ela "salvou" a vida de Eduardo. Na última segunda-feira (25), ele recebeu alta do hospital.

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“Graças a Deus eu tô recuperado. Tive algumas sequelas que a gente ainda vai continuar tratando, mas a sensação de recuperação que eu tive foi muito grande.”

Eduardo deu entrada em um hospital particular em Taguatinga, no dia 6 abril, sentindo falta de ar. Três dias depois, foi transferido para a UTI. Ele tem doença reumática e hipertensão, que podem ter agravado o quadro do novo coronavírus.

Segundo os médicos que o atenderam, o vírus "destruiu" o pulmão de Eduardo. Por isso, os profissionais decidiram utilizar a técnica, que consiste na utilização de um aparelho que faz todo o processo de oxigenação do sangue e retirada de gás carbônico, possibilitando a respiração do paciente.

"[O equipamento] aumenta o nível de oxigênio do sangue, diminui o nível de gás carbônico e faz com que o pulmão, que deveria realizar essa função, tenha um tempo maior de recuperação, de cicatrização, enquanto a equipe médica está combatendo a infecção pulmonar", explica o cirurgião cardiovascular Marcus Vinícius dos Santos.

Após nove dias com o suporte, Eduardo conseguiu se recuperar. Na segunda, ao deixar o hospital, ele foi recebido com aplausos e homenagens dos profissionais de saúde que acompanharam a sua luta contra a Covid-19.

"O que eu tenho pra passar é que as pessoas se cuidem. Quero agradecer também a equipe médica, agradecer a todos que estiveram comigo naquele momento", disse.