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Sindicatos denunciam na OCDE assédio sexual no McDonald’s em sete países

19 Mai

Sindicatos denunciam na OCDE assédio sexual no McDonald’s em sete países

Sindicatos de Brasil, Austrália, Chile, Colômbia, França, Reino Unido e Estados Unidos se uniram para apresentar nesta segunda-feira (18) à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) denúncias de assédio sexual sistêmico contra a rede americana de fast food McDonald’s.

No Brasil, o documento encaminhado ao Dutch National Contact Point (NCP) – órgão responsável por observar as diretrizes da OCDE para multinacionais – mostra que o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 23 queixas com sérias indicações de assédio moral, sexual e discriminação racial nas lanchonetes da rede. As denúncias incluem toques indesejados, provocações verbais e outras más condutas dos supervisores.

Assinam a denúncia a central brasileira UGT, a União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (International Union of Foodworkers), a Federação Europeia de Sindicatos da Alimentação, Agricultura e Turismo (European Federation of Food, Agriculture and Tourism Trade Unions) e o Sindicato Internacional de Trabalhadores em Serviços (SEIU, dos Estados Unidos e Canadá).

Também são alvos da representação os bancos de investimento APG Asset Management (Holanda) e Norges Bank (Noruega), que, juntos, detêm participação de US$ 1,7 bilhão no McDonald’s e teriam fracassado em constatar os crescentes casos de abusos em seus sistemas monitoramento interno e externo. “Trata-se de um alarmante e inaceitável padrão de assédio sexual e racial nos restaurantes McDonald’s no Brasil, que agora sabemos que ocorre também em várias outras partes do mundo”, afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah.

Mundo afora

Nos Estados Unidos, segundo as organizações, trabalhadores de 16 anos acusaram supervisores de conduta imprópria, incluindo tentativa de estupro, exposição indecente, toques indesejados e ofertas sexuais. As mulheres disseram ter sido ignoradas, ridicularizadas ou punidas quando denunciaram os casos à empresa.

Na França, um gerente do McDonald’s teria instalado uma câmera de celular no vestiário feminino, para filmar secretamente jovens trocando de roupa.

Segundo a denúncia, a rede de lanchonetes ignorou as diretrizes da OCDE ao se recusar a envolver os trabalhadores e seus representantes para abordar o assédio sexual e o assédio de gênero em suas lojas. A empresa Arcos Dourados, que controla o McDonald’s no Brasil, não se manifestou sobre as acusações.

Histórico

Além da denúncia por abuso sexual sistêmico, o McDonald’s tem longo histórico de exploração dos trabalhadores em todo o mundo. Em março, funcionários das lanchonetes nos estados da Flórida, Tennessee e Missouri, realizaram greve para denunciar os baixos salários e a falta de condições em meio à pandemia de coronavírus. O estopim foi quando os supervisores proibiram a utilização de máscaras.

No Brasil, os trabalhadores do McDonald’s realizaram uma marcha, em abril de 2016, na Avenida Paulista, centro de São Paulo, para exigir direitos trabalhistas. Eles denunciaram o acúmulo de função, falta de equipamentos de proteção individual, assédio moral e salários inferiores ao mínimo.

 

Foto: Reprodução

 

Fonte: Rede Brasil Atual (RBA)

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