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Nesta segunda-feira (12) os vigilantes do Distrito Federal tiveram uma atitude muito sábia. Após treze dias de greve, suspenderam a paralisação a pedido da presidenta em exercício do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, desembargadora Maria Regina Guimarães. A magistrada fez a promessa de que, caso a categoria suspendesse a greve, ela mesma estaria coordenando o processo de negociação e, assim sendo, os vigilantes atenderam ao pedido. Já na terça-feira (13/8) houve a primeira reunião e os vigilantes ouviram um sincero agradecimento por parte da desembargadora pela compreensão e pelo crédito de confiança à corte. A magistrada evidenciou de maneira efetiva os malefícios que a reforma trabalhista trouxe aos trabalhadores brasileiros. Na abertura da reunião, ela afirmou que a reforma fez o país regredir à década de 1920. Para nós, essa explanação teve um caráter simbólico, pois, há meses estamos falando nas assembleias e, hoje, termos a satisfação de ouvir estas palavras da boca de uma magistrada. Justamente ela, que assumirá a presidência efetiva do TRT a partir de 23 de março. Amanhã, será realizada mais uma rodada de negociações, já com o enfrentamento de propostas e espero que ocorram efetivos avanços na questão por parte dos patrões. Ontem, também tivemos uma importante reunião com o presidente do Banco do Brasil para tratar da questão do pagamento dos dias parados. Estou agendando uma reunião com o principal tomador de serviços de vigilância privada do Distrito Federal, o Governador Rodrigo Rollemberg, para também tratar dos dias parados. Quero, aqui, deixar um recado para os ‘amarra-cachorros’, que teimam em maldizer os vigilantes e desacreditar nossa luta, que é chegada a hora de eles viram para o lado do bem, para o nosso lado na luta. Está na hora de eles somarem e, não, de dividirem a categoria. E aos vigilantes, homens e mulheres, que suportaram treze dias de greve, com bravura, coragem, de posto em posto, cidade a cidade, ficou a demonstração de como se constrói uma categoria de luta. Categoria, esta, que não se vende e tampouco se rende tendo, à frente, um sindicato à altura dos desafios impostos à categoria. Da minha parte, como distrital e dirigente do sindicato dos Vigilantes, estarei sempre ao lado da minha categoria e dos trabalhadores.
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