Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 04/08/2017
Vigilantes acusam empresa do DF de reter pagamento de consignado
 

Vigilantes da Ipanema Segurança que pegaram empréstimos consignados acusam a empresa de descontar os valores das parcelas dos contracheques e não repassá-los ao Banco de Brasília (BRB). O sindicato da categoria denuncia que, devido à situação, cerca de 500 profissionais estão com o nome sujo em órgãos como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa).

Segundo o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), embora os profissionais estejam indignados, eles têm evitado subir o tom das reclamações pois temem sofrer represálias. Ainda assim, sobram relatos de problemas. “Eu já nem vou mais em lojas se tiver que fazer compra a prazo. Sei que será recusada e não quero passar vergonha. Isso é um absurdo, porque a dívida tem sido descontada do meu salário”, contou um vigilante ao Metrópoles.

Outro homem disse que a situação dele é ainda pior, pois não conseguiu um financiamento e, assim, foi impedido de comprar um imóvel por estar com o nome no SPC. “Eu trabalho na empresa há mais de 10 anos e nunca pensei que isso poderia acontecer. De repente, recebi uma carta avisando que meu nome estava sujo. Liguei para ver o motivo e descobri que o banco não recebeu as últimas quatro parcelas que eu tive descontadas do meu salário”, afirmou.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes, relatos do gênero começaram no início do ano, mas se multiplicaram nos últimos três meses. “Os funcionários reclamam que, quando ligam na empresa e pedem para que a situação seja regularizada, a pessoa que atende diz que ‘é assim mesmo’, e ‘quem quiser que procure a Justiça’”, denuncia Gilmar Rodrigues, secretário de Imprensa do Sindesv-DF.

 

Ipanema admite atraso

 

Acionada pela reportagem para comentar o caso, a Ipanema negou que o problema se arraste há meses, conforme denunciou o sindicato, mas admitiu atraso no repasse. Na segunda-feira (31/7), uma funcionária da área financeira disse que há “uma única parcela não repassada para o banco, referente ao mês de julho”.

A mulher, que não se identificou, prometeu que um diretor da empresa daria retorno à reportagem, de forma oficial, para explicar a situação.Como ninguém retornou, um novo contato foi feito na terça (1º/8) pelo Metrópoles e a Ipanema disse que ninguém falaria mais sobre a situação dos funcionários.

 

Fonte: Portal Metrópoles