Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 02/04/2014
CNTV participa de manifestação Internacional contra os abusos da Prosegur aos empregados colombianos
 

A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) participou de mais uma atividade na quarta-feira (26) para confrontar os absurdos praticados pela multinacional Prosegur. Desta vez, o ato foi realizado na Colômbia, e contou com a participação de mais de 100 trabalhadores e sindicalistas da segurança privada e limpeza dos Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Costa Rica e Colômbia, além do Brasil, representado pelo presidente da CNTV, José Boaventura. Os trabalhadores se reuniram em frente à sede da empresa em Bogotá.

A empresa espanhola e sua direção na Colômbia estão sendo acusadas de desrespeitar os direitos dos trabalhadores e de seus empregados colombianos e cometer infrações penais no país. Em 2013, a Uni Global Union denunciou a Prosegur à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por descumprir os requerimentos da OCDE para empresas multinacionais. 

 “Nossa presença se traduziu no apoio ao Sintravalores, sindicato da Prosegur Colômbia. A direção desta entidade tem sido vítima de perseguição e a presença de todos os sindicatos das américas serviu para dar o recado claro de que não adianta atacar um sindicato, pois todos responderemos de forma conjunta”, declarou Boaventura.

Em 2010, a Prosegur foi acusada de pagar um bônus de US $ 4 milhões de pesos colombianos para os trabalhadores não sindicalizados assinarem um "acordo coletivo", excluindo os seus empregados sindicalizados. Em 2014, a Prosegur renovou o acordo coletivo e é acusada de pagar outro bônus de US $ 2 milhões.

                 A convenção coletiva é uma forma de contrato de trabalho coletivo na Colômbia para os trabalhadores que não pertencem a um sindicato. Desde 2011 é crime oferecer ao acordo coletivo negociado valores superiores ao acordo coletivo sindical. De acordo com o artigo 200 do Código Penal colombiano, gestores de empresas que têm acordos coletivos como este podem pegar de um a dois anos de prisão. Atualmente existem duas queixas-crime contra gestores da Prosegur Colômbia relacionados a este problema.

Além disso, as práticas antissindicais da Prosegur persistem e fazem vítimas em todos os lugares em que a empresa atua. Na Colômbia, por exemplo, o presidente do Sintravalores e funcionário da Prosegur, Fidel Alfonso, foi liberado para participar dos dois dias da Conferência Regional de Serviços, promovida pela Uni. Após participar do evento no primeiro dia e da manifestação na porta da multinacional, Fidel foi informado de que sua liberação havia sido suspensa e que deveria se apresentar para o trabalho no dia seguinte. “Isso mostra como a empresa lança mão de práticas abusivas para conseguir tudo o que quer”, criticou Boaventura.

                “É hora de a Prosegur demonstrar liderança na área de segurança privada e começar a tratar seus funcionários com dignidade. Os trabalhadores e os sindicatos que compareceram a este ato não desistirão da luta”, afirmou Christy Hoffman, vice-secretária geral da Uni.

                “Estamos aqui para dizer à Prosegur que vamos continuar lutando pelos direitos dos trabalhistas e sindicais dos trabalhadores colombianos. Acreditamos no diálogo social, mas mesmo que não nos escutem, continuaremos lutando”, completou Adriana Rosenzvaig, secretária regional da Uni nas Américas.

               

 

Fonte: CNTV com Uni Global Union