O atraso das entregas e a falta de informação sobre o destino de produtos comprados pela internet e que deveriam ser entregues pelos serviços dos Correios, levou novamente dezenas de pessoas na tarde desta terça-feira ao Centro de Entregas de Encomendas (CEE) na Noronha Torrezão, em Niterói. Foi o segundo movimento realizado por pessoas que se dizem prejudicadas, em menos de dez dias.
A situação é vivida pela secretária Aline dos Reis, 25. Moradora de São Gonçalo, ela conta que as horas perdidas em frente ao CEE tem prejudicado seu trabalho “ No dia 27 de janeiro, eu comprei uns produtos e segundo o rastreamento pela internet, ele já chegou aqui no Centro desde o dia 02. Estive aqui na semana passada e eles alegaram que meu produto estava perdido, mas que iriam procurar e me dar um retorno assim que encontrassem. Até agora ninguém ligou, tive que voltar e nada foi solucionado, continuo sem meus produtos e sem satisfação. Estou sacrificando horário do meu trabalho para resolver esse problema”, declarou.
Para o dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores do Correio, Heitor Fernandes Filho, o problema é reflexo de três pontos que precisam ser resolvidos urgentemente. “É preciso que seja construído um Centro que atenda exclusivamente a população de São Gonçalo, isso junto com a contratação imediata de mais carteiros e em seguida a proteção destes, com escolta armada, já que eles vem sofrendo constantemente assaltos. Essa situação tem feito com que muitos abandonem o trabalho, ocasionando assim na retenção dos produtos no Centro de Entrega. Foi realizado um concurso há pouco tempo, mas não foi o suficiente para atender toda a demanda necessária. Ou seja, estamos vivendo um grave problema de gestão”, declarou. A assessoria de Comunicação dos Correios, declarou que já estão sendo adotadas medidas emergenciais para a normalização das atividades do Centro de Entrega de Niterói. |
