Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 19/04/2011
Centrais sindicais realizam ato em São Paulo contra aumento da taxa de juros
Economia
 
As centrais sindicais promovem, na manhã desta terça-feira (19) em frente ao prédio do Banco Central, na avenida Paulista, um ato contra o aumento da taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se nesta terça (19) e quarta-feira (20) para definir o patamar da taxa, com provável elevação de 11,75% para 12,25% ao ano, segundo estimativas de economistas ligados a instituições financeiras.

Está confirmada a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) no protesto.

Em nota oficial, a CUT se posiciona contra a política de aumento do Banco Central. "Entendemos que a atual taxa já é extremamente alta, o que freia o desenvolvimento do país, além de estar na contramão da política da maioria dos países do mundo, que vêm reduzindo suas taxas de juros para enfrentar os efeitos da crise financeira", diz a nota.

A CUT considera que o aumento das taxas beneficia os de melhor condição financeira e afeta os trabalhadores. "Aumentar os juros beneficia aqueles que ganham dinheiro com a especulação em papéis da dívida pública e os bancos, que ganham nas cobranças abusivas aos trabalhadores/as de empréstimos, cheque especial e outros serviços. O aumento da taxa Selic também elevará a dívida pública, o que, consequentemente, reduzirá os investimentos do governo."

“Vamos mais uma vez para as ruas com o objetivo de denunciar que a equipe econômica está tentando implodir o crescimento econômico e a geração de empregos no país", critica Antônio Neto, presidente da CGTB. "A taxa de juros brasileira provoca uma inundação de dinheiro especulativo no Brasil. Além da sangria que isso promove nas contas públicas, a valorização do real está detonando com nossas exportações, alimentando a explosão das importações e causando um estrago na indústria nacional e na balança econômica”, afirma.