Por: CNTV | Confedera��o Nacional de Vigilantes & Prestadores de Servi�os
Postado: 13/01/2011
Vigilantes de Mato Grosso ameaçam paralisação
Mobilização
 

As negociações para o reajuste do salário dos vigilantes de Mato Grosso não progrediram e a categoria decretará estado de greve caso não haja avanços. No início deste mês, o Sindicato dos Vigilantes protocolou no Ministério do Trabalho um pedido de negociação com o sindicato das empresas de vigilância e aguarda resposta.

Hoje, o salário de um vigilante no Estado é R$ 653,40 para 12h por dia, o 4º pior da categoria no Brasil segundo o presidente do Sindicato de Vigilantes de Cuiabá e Região, Valtair Lauriano. Além do baixo valor, esses profissionais não recebem adicional por atividade de risco. Ao comparar com outros estados, Valtair destaca que em Brasília o salário base é R$ 1,2 mil. Em São Paulo e no Rio de Janeiro a média salarial é de R$ 900.

O sindicato tenta um reajuste de aproximadamente 15% no salário base, para chegar a R$ 751,41. Além disso, os vigilantes lutam para receber adicional de risco equivalente a 20% do salário e aumentar o vale alimentação e o adicional de insalubridade - que atualmente é R$ 50. Uma vigilante, que prefere não se identificar, diz que sai de casa sem saber se voltará viva. "Somos o primeiro alvo dos bandidos. É um trabalho tenso, que exige atenção constante e o salário mal dá pra viver".

A proposta do Sindicato das Empresas de Vigilância, Segurança e Transporte de Valores do Estado (Sindesp-MT) é o reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor mais 2%, que segundo o presidente do Sindesp-MT, Ângelo Roberto Jacomini, totaliza 8,8%. "Não fechamos a negociação, vamos discutir esse reajuste no Ministério do Trabalho".

Quanto ao adicional de risco, Jacomini diz que não foi regulamentado o pagamento e as empresas não são obrigadas.

Os vigilantes não aceitaram a proposta e estão dispostos a brigar por melhores condições. Valtair Lauriano admite que, nos últimos anos, os reajustes têm sido acima do índice da inflação, mas afirma que ainda assim a categoria é mal remunerada.