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Em apenas um mês de pagamento do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal (CEF) usou quase o dobro da quantidade de cédulas que costuma usar ao longo de um ano. O excesso de demanda por dinheiro em papel foi confirmado, nesta segunda-feira (1º/6), pelo Banco Central, que chegou até a pedir para a Casa da Moeda acelerar a produção de novas cédulas, mas garantiu que não vai faltar dinheiro para os brasileiros.
"Houve um pagamento muito grande em espécie. O percentual sacado em espécie foi maior que o histórico anterior. [...] A Caixa Econômica utiliza de cédulas entre R$ 20 bilhões a R$ 26 bilhões por ano e agora foram utilizados quase R$ 50 bilhões em um mês", revelou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
E boa parte desse dinheiro só está voltando para o sistema financeiro agora, passado mais de um mês do pagamento da primeira parcela dos R$ 600, segundo Campos Neto. "As pessoas levaram o dinheiro para casa e gastaram aos poucos. Essas pessoas não tinham conta corrente. Então o dinheiro não voltou", explicou o presidente do Banco Central.
Acelerear produção
Por conta disso, Campos Neto reconheceu que o Banco Central pediu para a Casa da Moeda acelerar a produção das novas cédulas que estavam contratadas para este ano. Foi uma forma, segundo ele, de manter a margem de segurança de estoque dos bancos.
Ele também admitiu, contudo, que essa situação vai aumentar o volume do dinheiro circulante e consequentemente o custo desse numerário neste ano. Por isso, defendeu a continuidade dos programas de digitalização e inclusão bancária, como a Caixa vem fazendo ao abrir contas sociais digitais para os beneficiários do auxílio emergencial. |